quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Um mês em Singapura
Há tempos eu venho arrastando essa situação, me importando e vendo tudo pender para o meu lado, me fazendo pensar que a culpa é minha, tão somente minha. E não é. O meu corpo está cansado, a minha mente está cansada e sobretudo o meu coração. Desgastado. Eu não quero mais viver de pedacinhos de amor, do seu amor que me vem de um jeito estranho, pesado, vagaroso, parecendo nem querer chegar. E o pior é saber que você pode dar mais, ou ao menos deveria. Reciprocidade de sentimentos deveria ser lei, penso eu. Vou parar de me culpar por não dar certo, o problema não sou eu. E agora, um mês em Singapura. Mês esse que nos desligará de uma vez. Nos desligará? Infelizmente as vezes o amor resolve se mudar, sem aviso prévio. Talvez isso aconteça lá do outro lado do mundo. Mas como uma pessoa normal eu vou chorar até dormir, acordar com cara de ressaca, uma ressaca moral que logo dará espaço ao sentimento esperado: alívio...reine sobre mim! Não gosto de perder, mas dessa vez parece não mais existir a opção ganhar. Sinto que entrando no avião já começarei a perder, mais e mais. Chegando em Singapura já serei singular.
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