segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Atordoado

Fiz um sonho pra você, agora durma meu amor, dei fim naquele despertador chato que insistia em não desligar quando você apertava e apertava o botão. Eu vou embora, não se preocupe, quando acordar irá entender o porquê, o motivo de eu sair com aquele guarda chuva meio quebrado que você tinha vergonha. Não se preocupe, tranquei a porta da frente, vou jogar a chave fora, já que não volto mais. O porta retrato ficou, você sempre ria daquele menininho intruso lá no fundo da foto, espero que não se desfaça dos nossos dois sorrisos incansáveis em Belo Horizonte. Então vou, coração na mão, a milhão, sapatos embarrados, rosto molhado de chuva e lágrimas, seus arranhões nas costas. Volto para o meu mundo, meus móveis, meus livros, meus relógios, volto para o meu mundo, de onde eu nunca devia ter saído.

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