Eu falei, bem de mansinho, no pé do seu ouvido. “Não se apaixone”. O que você fez? Ouviu? Não! Em trajetória reta isso se foi pelo outro ouvido, sua mente nem raciocinou. Eu sou como passarinho maroto que não se pode pegar, sou areia que não se pode segurar por muito tempo, se esvai, some sorrateiramente pelo vão dos dedos. Não haverá verão que apague isso, não haverá carnaval que te alegre agora. Sou anjo, sou demônio. Meu bem, eu te avisei que é amargo me querer. E agora? Você se apaixonou. Renda-se, esse amor é bandido. Porque tem dias que eu acordo com olhos de "cigana, oblíqua e dissimulada".
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