segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bem viva em mim

É nessas noites que eu quase consigo tocar a realidade, é nesses dias que eu quase consigo fugir do real. Eu me confundo com os momentos, eu esqueço das situações que vivemos, você fica brabo, eu fico sem graça. É como se boa parte de tudo tivesse sido arrancada de mim, não porque eu quis, mas porque deixei levar, fiquei frágil, virei alvo fácil. Mas quando diz respeito a nós, tudo é diferente. Sabemos que o lugar que a nossa química é percebida pelos estranhos, são as livrarias, que entramos e perdemos boa parte do nosso tempo rindo a toa e desejando milhares de livros. “Se você casar comigo, na nossa casa vai ter uma biblioteca! Casa comigo?”, você diz sem pensar, sem olhar para mim, “sim!”. É como se eu tivesse perguntado, “vamos comprar esse?”, e você, “sim!”. É aquele sim que faz covinhas no meu sorriso de alegria, é o seu melhor sim. Porque rir o dia todo, imaginar bibliotecas, casar-se no mesmo minuto e ir ao cinema mais engraçado de todos, é realidade. São esses momentos que grudam em mim, são as minhas piadas que até eu mesma rio, são as suas caretas que você não faz ideia de como são hilárias. Não é sonho, isso não é um sonho. Mas se for, não acorde, não me acorde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário